Sociedade

09/06/2013 01:37

Sociedade

 

A sociedade egípcia estava dividida em vários estratos ou camadas, sendo que o faraó era a autoridade máxima, chegando a ser considerado um deus vivo na Terra. Sacerdotes, militares e escribas (responsáveis pela escrita) também ganharam importância na sociedade. Esta era sustentada pelo trabalho e impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes. Os escravos também compunham a sociedade egípcia e, geralmente, eram pessoas capturadas durante as guerras. Trabalhavam muito e nada recebiam por seu trabalho, apenas água e comida.

 

Uma minoria de privilegiados


 

faraóA organização social egípcia centrava-se em torno do rei-deus, o faraó. Como senhor supremo de todo o país, distribuía as terras, os gargos e as honras. Os Egípcios consideravam que a terra pertencia aos deuses e, portanto, aos seus representantes, o faraó e os sacerdotes. O faraó, por sua vez, concedia também terras aos nobres e altos funcionários.
A numerosa família do faraó, assim como os sacerdotes, os altos funcionários régios e os nobres constituíam, o escalão cimeiro e privilegiado(1) da sociedade egípcia.

 

Girando na órbita dos poderosos, vinha depois um grupo de funcionários, os escribas, que se distinguiam pelo facto de conhecerem o complexo sistema de escrita egípcia. Além de dominarem a escrita e o cálculo, possuíam ainda conhecimentos relativos à administração e aos impostos, e, por isso, ocupavam lugares de responsabilidade, como funcionários do faraó, dos templos ou dos senhores locais. A actividade dos escribas era de tal modo indispensável que eles constituíam também uma elite privilegiada.

As Diferenças Sociais



 


"Baixa a tua fronte quando o teu superior te saúda, e não fales senão depois de te ter saudado. Ri quando ele rir; isso será agradável ao seu coração. E, quando comeres com um homem mais altamente colocado, lança o teu olhar só para os alimentos que ele colocou diante de ti e não para os pratos que estão diante dele."

 

 

   Conselhos de Ptah-Hatep, escriba, alto funcionário do faraó
               Documento egípcio de 2450 a.C.

A vida difícil do camponês egípcio


 



 

Um escriba procura convencer um jovem aprendiz das letras a não abandonar a sua profissão:


"Disseram-me que queres pôr de parte as letras e te voltas para o trabalho do campo. [...] Não te recordas da condição do lavrador, quando vêm cobrar o imposto sobre a colheita? Os vermes levaram-lhe metade do grão e o hipopótamo comeu o que restava. Caem os gafanhotos, a passarada pilha [...]. Que calamidades para o camponês! O que ainda possa ficar na eira roubaram-no os ladrões.
A junta de bois morreu a puxar o arado. E, agora, o escriba chega ao porto [do Nilo], para taxar a colheita. Traz com ele guardas armados de varas. [...] E dizem:"Dá-nos o grão!" Mas ele já não o tem. [...] Então batem no camponês, estendido no chão.
Carregam-no de correntes e lamçam-no no fosso; ele mergulha na água e chafurda, de cabeça para baixo.[...] O escriba está acima de todos. O que trabalha escrevendo não sofre impostos, não tem obrigações a pagar.
Lembra-te bem disso.