O faraó

09/06/2013 01:36

O faraó: um rei divinizado

A partir da unificação, o faraó tornou-se o símbolo do poder e da unidade do Egipto. De facto, era o faraó quem garantia essa unidade, uma unidade frágil, com o país sempre à beira de se dividir de novo.

O Egipto teve, na verdade, algumas épocas em que o poder dos senhores locais ou as invasões estrangeiras conseguiram abalar a unidade do reino. Todavia, após esses períodos, um novo faraó acabava por reunificar o Egipto e impôr a sua autoridade.
O faraó dirigia o Egipto como uma grande propriedade pessoal. Governava o país a partir do seu palácio (a "Casa Grande"), situado na capital. Nomeava os governadores das províncias, mandava cobrar os impostos, dirigia as obras hidráulicas, fazia a paz e a guerra, premiava os que o serviam e castigava os que o traíam, velava pela ordem em todo o Egipto.
Era sacerdote supremo, administrador da justiça, comandante do exército, distribuidor da riqueza. Dispunha, portanto, de um poder absoluto, sobre as coisas e sobre as pessoas.

 

Como se explica este enorme poder do faraó?



O faraó era considerado um deus vivo, filho do deus-Sol, Amon-Rê. Os reis do Egipto, através da religião e com o apoio da classe sacerdotal, conseguiram assim transformar o seu poder num poder sacralizado: ninguém podia desobedecer ao faraó, porque isso era o mesmo que desobedecer aos deuses. A divinização do faraó explica a sua grande autoridade e o seu prestígio.
Desta forma, a monarquia faraónica consegiui perdurar ao longo de quase três mil anos.